Agricultor de Pouso Alegre ganha prêmio por inovação e empreendedorismo
O agricultor nipônico Hisashi Amagai, 81 anos, que mantém uma grande banca na feira livre e box na Central Municipal de Abastecimento (CEMA), é um dos agraciados com o prêmio Kiyoshi Yamamoto, instituído em âmbito nacional pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social. A premiação está em sua 48ª edição e é a mais antiga no setor agrícola no Brasil. A solenidade de entrega do prêmio aconteceu na sexta-feira, 09 de novembro, em São Paulo.
O desempenho como produtor, o espírito inovador e comunitário e a importante contribuição na difusão do conhecimento técnico da cultura do kuri, espécie japonesa da castanha portuguesa no Brasil, fizeram com que o agricultor pouso-alegrense fosse indicado à comissão organizadora pela Associação Centro Social Ibaraki do Brasil, Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral de São Bento do Sapucaí) e Associação Nipo-Brasileira Cultural e Esportiva do Sul de Minas.
Durante anos, Hisashi selecionou material genético de castanhas superiores e, em parceria com institutos de pesquisas e universidades, está trabalhando para o lançamento de pelo menos dois novos cultivos de castanha, sendo que uma delas poderá receber o nome “Amagai”.
Foi esse visionismo que chamou a atenção da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, que mantém um programa de estímulo ao empreendedorismo com o intuito de fomentar o pensamento arrojado nas mais diversas áreas e despertar novas ideias de negócios em Pouso Alegre. Para tanto, a Prefeitura vem desenvolvendo várias ações, como a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica com o Sebrae para a implantação de uma representação na Sala Mineira do Empreendedor com o objetivo de apoiar negócios de todos os portes.
Com propriedades rurais em Pouso Alegre e Espírito Santo do Dourado, onde predomina o cultivo do kuri, a atividade do agricultor atende os conceitos de economia equilibrada. Do seu Box na CEMA, ele abastece os mercados consumidores de São Paulo e do sul do país. É o maior produtor de castanhas do Sul de toda região, com previsão de 100 toneladas em cinco anos.
Além disso, Amagai transformou a sua produção em um centro de pesquisas, onde adapta a tecnologia observada em outros países às condições brasileiras, e, devido à sua perspicácia, sensibilidade e persistência, tem obtido grande sucesso, gerando e difundindo conhecimento a quem quiser e precisar.
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